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Anexas e seus oragos

De certo interesse, em todas as povoações, poderão ser as respectivas capelas, uma em cada aglomerado populacional, com a excepção do Amial, que por ser muito diminuto e ficar perto da Menoita não a possui, e Pêra do Moço, que além da igreja paroquial conserva a capela privativa do lugar.
São as seguintes as suas designações e a respectiva localização:

Pêra do Moço – S. João Baptista (Igreja Paroquial)

A igreja paroquial é do estilo barroco joanino. A sua amplidão corresponde à importância que outrora teve esta freguesia e ao número dos seus habitantes.
Recordemos que até cerca de 1940, havia apenas uma missa dominical e quase todos os moradores assistiam, enchendo completamente o vasto templo, mesmo com certo aperto. Nessa época, até estava desprovida de bancos, permitindo comportar maior número de fiéis. A bancada foi feita já no tempo do P. Alberto Gonçalves.
As suas paredes são de largura descomunal, pois tem cerca de metro e meio; recorde-se que o acesso ao púlpito e à torre se faz por escadas bastante largas encaixadas no interior das paredes laterais.
Têm uma cornija de bom desenho em toda a sua extensão, com saliência tanto para o interior como para o exterior.
A capela-mor está separada da nave por um arco de volta redonda, elegante mas sem ornatos ou enfeites, se excluirmos o medalhão cimeiro e um friso múltiplo em toda a altura.
A frontaria mostra certa imponência, mas a sua ornamentação é modesta — acompanha o alto pórtico, uma grande janela e o nicho, vazio de imagem. E não deixa de apresentar arquivoltas bastante graciosas.
Já recordámos que a tradição oral afirmava ter vindo das proximidades da Menoita a cantaria mais valiosa; a análise superficial do granito coaduna-se com tal hipótese.
O altar-mor é do estilo do tempo da construção ou até anterior, barroco, de colunas em espiral com frisos de cachos de uva e pássaros. Mantém características bastante comuns e que deveriam ter na época expansão muito considerável.
Observando-o com alguma atenção pode pensar-se ter sido resultado de uma adaptação, pois há diferenças bem notórias de um plano para o outro; pelo menos num deles, as colunas, embora semelhantes, parece terem sido mutiladas, visto apresentarem o fuste sem base mas conservando o capitel.
O pormenor de maior interesse deverá ser o que é constituído por duas pequenas figuras femininas, colocadas na sua parte superior, em graciosa posição. Uma sustenta a cruz e a outra o turíbulo.
Para adaptar a igreja à reforma conciliar, uma nova mesa do altar, bastante diferente do que poderia imaginar-se, foi colocada no meio da capela-mor ou presbitério.
Os dois altares laterais eram de inadequada e confrangedora pobreza, tipo armário, tendo na última remodelação sido retirados e colocado em seu lugar um revestimento de mármore, a destoar do conjunto. Se houvesse a preocupação de manter as características primitivas, a reconstrução seria bem diferente…
Foi da responsabilidade do P. Alberto Gonçalves, a quem adiante nos referiremos mais longamente, a grande reparação da igreja paroquial que eliminou os altares laterais, tanto o primitivo como outro, o do lado direito, de pobre e fantasioso estilo gótico, ali colocado por iniciativa do P. Antonino Dias Saraiva, que ainda voltaremos a encontrar. A maior alteração do conjunto consistiu na substituição do antigo tecto de madeira por uma abóbada de cimento e tijolo. Sob o aspecto estético e artístico, podemos pôr reservas à validade da decisão, pois criou um caso que não sendo único deve ser raro no universo arquitectónico do estilo barroco joanino.

Pêra do Moço – S. Sebastião
Guilhafonso – St. António
Martianes – Nª Sª das Necessidades
Verdugal – S. Salvador (Jesus Cristo)
Rapoula – S. Marcos Evangelista
Menoita – Sta. Bárbara

Todas estas capelas têm características que nos levam a supor terem sido construídas ou reedificadas desde os fundamentos ao longo do século XVIII, pois parecem ser do estilo joanino rústico (a que se chama por vezes estilo barroco rural), todas de igual estrutura, de tamanho aproximado e com semelhanças bem notórias, sem que alguma delas mostre ter antiguidade notável ou modernidade digna de menção. Não têm valor artístico saliente, nem na arquitectura nem na decoração; os seus altares são de confrangedora pobreza.

Ocorrências

Aqui pode indicar qualquer assunto que diga respeito ao património gerido pela junta, tais como, buracos na via, problemas na iluminação pública, entre outros.